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AmoreSexualidade...

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25
Mai07

Carência Afetiva: Fruto de uma Infância Sofrida?

Paula Valentina
Ouve-se com freqüência a frase: 'Tive uma infância sofrida, por isso fiquei com uma carência afetiva muito grande'. Esse tipo de depoimento provoca imediatamente simpatia e compaixão. Surge uma vontade de proteger a pessoa que teve um passado doloroso. É evidente que muitos falam frases parecidas justamente para provocar esse tipo de reação, por esperar uma espécie de pagamento por danos sofridos na infância. Para sabermos se esse tipo de expectativa é justo e saudável, precisamos compreender as relações existentes entre nossas vivências infantis e o que somos depois de adultos. Há uma tendência nas pessoas em geral - e também em muitos psicólogos - de estabelecer uma correlação entre episódios do passado e traços da personalidade de um adulto. 'Fulano ficou assim porque passou por tais situações na infância' e outras frases do tipo são comuns. Estudos longitudinais - acompanhamento das mesmas pessoas por várias décadas - conduzidos nos Estados Unidos têm mostrado resultados muito importantes. Por exemplo: por duas décadas foram acompanhados filhos de mães esquizofrênicas, para saber quantos deles cresceriam com distúrbios psíquicos graves. É difícil imaginar situação infantil pior, pois tais mães são totalmente incapazes de manifestações afetivas. Mas o resultado foi surpreendente: cerca de 15% das crianças cresceram mais equilibradas e maduras do que a média das pessoas - foram, por isso mesmo, chamadas de super kids. Muitas evoluíram dentro da média e apenas algumas manifestaram doenças mentais mais graves. Tais estudos demonstram que há precipitação no estabelecimento das correlações entre fatos da infância e condições emocionais adultas. A coisa não é automática. Não vale raciocinar assim: 'Passou por isso, ficou traumatizada e depois manifestou aquilo'. Para muitas pessoas as adversidades e dificuldades maiores são justamente o que as fazem crescer fortes e determinadas. Outras crescem derrotadas porque não foram capazes de ultrapassar os obstáculos. Umas são derrubadas por obstáculos enormes, enquanto outras caem por qualquer tipo de problema banal. Tudo depende da força interior de cada indivíduo e dos estímulos que ele recebe de parentes e outras pessoas próximas. Vivências infantis equivalentes influem de modo muito variado sobre como virão a ser os adultos que passaram por elas. De todo modo, considerar-se muito prejudicado ou traumatizado pelo que se teve de enfrentar será sempre um sinal de fragilidade, não de força. Há anos tenho problemas com a expressão carência afetiva. Ela sugere que algumas pessoas têm maior necessidade de aconchego do que outras. Que as mais carentes têm direitos especiais, adquiridos em função de uma história de vida particularmente infeliz. Não é isso que percebo. Aqueles que se colocam como carentes tiveram vivências pessoais similares às da maioria das pessoas. Além do mais, não é necessário ser particularmente carente para gostar, e muito, de ser tratado com amor, carinho e atenção. Para mim, o que acaba parecendo é que as pessoas mais egoístas - indiscutivelmente as mais fracas, apesar de serem agressivas e parecerem ter 'gênio forte' - usam esse tipo de argumento para obter maior atenção e carinho do que estão dispostas a dar. O prejuízo do passado terá de ser recuperado nos relacionamentos afetivos atuais, de forma que receber mais do que dar estaria justificado por essa suposta carência. É um argumento bastante maroto, mas capaz de sensibilizar os bons corações que, com facilidade, se enchem de compaixão e de culpa. A expressão 'estou carente' corresponde também a um pedido indireto de atenção e afeto, coisa com a qual também não concordo. Não creio que se deva pedir amor. Ou uma pessoa está encantada comigo, e estará disposta a ser amorosa e dedicada de forma espontânea, ou eu devo fazer uma séria autocrítica. Em vez de pedir amor e atenção, talvez eu devesse me ocupar em dar-lhe tudo o que pudesse lhe agradar. A retribuição virá espontaneamente. Se não vier, isso significa que a relação afetiva se partiu e não há nada mais que eu possa fazer.
20
Mai07

Professora com tomates!

Paula Valentina
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Professora com tomates! 

 História verídica ocorrida numa  Faculdade do Porto:
 Uma professora universitária  acabava de dar as últimas
orientações aos alunos acerca do exame que  ocorreria no dia seguinte.
 Finalizou alertando que não  haveria desculpas para a falta de
 nenhum aluno, com excepção de um grave ferimento,
doença ou a morte de algum  parente próximo.
 Um engraçadinho que estava sentado  no fundo da sala,
 perguntou  com aquele velho ar de cinismo:
"De entre  esses motivos justificados,  podemos incluir o
de extremo cansaço por actividade  sexual??"
A classe explodiu em gargalhadas, com a professora
a aguardar  pacientemente  que o silêncio fosse estabelecido.  
Assim que isso aconteceu, ela olhou para  o palhaço e  respondeu:
"Isso não é um motivo  justificado. " - e continuou serenamente -
 "Como o exame será de escolha múltipla,  você pode vir 
para a sala e  escrever com a outra mão...
Ou se não se puder sentar, pode responder de pé. "
06
Mai07

Wilhelm Reich

Paula Valentina
Wilhelm Reich (1897-1957) foi o pai da terapia corporal. Ele avaliou o quanto as pessoas não se entregavam ao sexo com prazer. Isso provoca rigidez nas regiões do tórax, costas e na pélvis, por onde passa a energia afetivo-sexual. Para Reich, o crescimento é um processo de dissolução das nossas couraças psicológica e física, fazendo com que nos tornemos gradualmente seres humanos mais livres, capazes de ter um orgasmo pleno e satisfatório. Perseguido, afirmava através de estudos clínicos, a importância da atividade sexual observando satisfação ou desprazer e não apenas a fisiologia do ato sexual na evolução do tratamento de perturbações psíquicas. Por isso afirmava que: 'A sexualidade quando expressa de modo adequado, é a nossa principal fonte de felicidade', pois uma vida sexual saudável está na base do equilíbrio emocional, mental e físico'. De acordo com Reich, a *energia Orgônica flui naturalmente por todo o corpo, paralela à espinha, de cima para baixo, da cabeça para a pélvis. Porém, mecanismos de repressão e tensão operam para rompê-la, o que acaba provocando enrijecimentos - couraças. Portanto, essa couraça serve para limitar o livre fluxo de energia e a livre expressão das emoções, podendo fazer com que a pessoa se sinta numa camisa-de-força física e emocional. Para Reich, quando não ocorre a plena satisfação no orgasmo, essa energia sexual tende a se acumular, gerando uma carga energética de neuroses e possíveis distúrbios psicossomáticos. Se essas vivências forem mantidas por tempo prolongado, ou repetidas freqüentemente, podem bloquear o funcionamento vital e natural do organismo. Segundo Reich, os bloqueios emocionais e energéticos se expressam de várias formas como: ansiedade, auto-estima rebaixada, nervosismo, depressão, etc. Sexualmente podem ser vividos através da repressão dos instintos, disfunção erétil, ejaculação precoce ou incapacidade ejaculatória, vaginismo, frigidez, **dispareunia e especialmente ausência de desejo, orgasmo ou prazer . Daí a importância de compreender todas as dimensões emocionais, psicológica e existencial das queixas manifestadas no corpo. Reich achava que a couraça muscular estava organizada em sete principais segmentos centrados nos olhos, boca, pescoço, tórax, diafragma, abdome e pelve. Existem exercícios específicos indicados por terapeutas corporais para as pessoas com mais couraças, mas aí é importante um acompanhamento profissional. Para Reich, liberar o corpo e as emoções é fundamental para viver bem o prazer. Veja algumas dicas para liberar a energia Orgônica e se equilibrar: - Faça caminhadas mantendo atenção à consciência corporal, aos sentimentos e à respiração; - Dance, dê um passeio; - Faça sexo de corpo e alma, sem retesar emoções e permitindo-se integrar corpo, mente e emoções individualmente e com seu parceiro (a). *Energia Orgônica: energia do organismo, Reich enfatizou a natureza essencialmente sexual das energias com as quais lidava e descobriu que a bioenergia - energia do corpo biológico - era bloqueada de forma mais intensa na área pélvica de seus pacientes. Ele usou termos diferentes, essa foi uma de suas rebeldias. ** Dispareunia: dor que a mulher sente durante o ato sexual.
05
Mai07

Vida Adulta

Paula Valentina
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Apesar de alguns acreditarem no contrário, na fase adulta a masturbação continua sendo uma importante fonte de gratificação sexual (ler Cap. I) e, para muitas mulheres, constitui-se no único meio de obtenção de orgasmos.

Através dela, o adulto pode sentir-se dono do seu próprio prazer, sem precisar submeter-se a uma relação a dois não gratificante apenas para obter prazer sexual, além dela poder tornar-se uma demonstração de amor próprio, visto que este será um tempo que ele dedicará só a exploração do seu próprio corpo e à procura do prazer. É um momento reservado para ouvir os desejos do corpo.

Como funções mais específicas desta fase, pode-se citar:

       

    • relaxar após atividades estressantes;

       

       

    • compensar a ausência de um parceiro;

       

       

    • aliviar a tensão sexual após a cópula entre parceiros que funcionam em ritmos diferentes e que não tenham alcançado o orgasmo;

       

       

    • imprimir aos jogos eróticos uma reação sinestésica, libertando-se dos reducionismos da mera penetração vaginal, tão comum nos relacionamentos prolongados;

       

       

    • isentar-se de um relacionamento arriscado e descompensador;

       

       

    • viver um prazer autoconquistado, isentando-se da dependência emocional que ocorre na relação a dois;

       

       

    • liberar a criatividade e "viajar no bonde da fantasia", vivenciando situações que muitas vezes não são aceitas pelo (a) parceiro (a);

       

       

    • obter a ereção desejada para a realização da cópula (Correia, 1997).

       

Seria útil falarmos mais detalhadamente sobre a questão da masturbação dentro do relacionamento, visto que muitas pessoas têm a tendência a achar que quando se tem um parceiro fixo e ainda assim se recorre à masturbação, isso é sinal de algum tipo de "problema"...

Neste caso, por "problema" deve-se entender duas interpretações distintas da situação: na primeira, o (a) parceiro (a) pode sentir-se ineficaz, desinteressante, incapaz de proporcionar um orgasmo ou de excitar o (a) companheiro (a), o que, além de prejudicar sua auto-imagem, causa diversos prejuízos à relação.

A segunda interpretação é quase que diametralmente oposta; enquanto na primeira o indivíduo toma a "culpa" para si, nesta ele a atribui ao (a) parceiro (a), acusando-o (a) de anormal, maníaco, etc., o que também vai causar danos sérios à relação.

Para evitar esse tipo de situação, a melhor conduta parece ser o diálogo franco e aberto. Os parceiros devem conversar abertamente sobre a questão, expondo suas opiniões e, se for o caso, procurar obter maiores informações a respeito, como também terem a consciência de que a diferença de ritmo entre eles tem que ser superada ou compensada de alguma forma, de modo que a relação sexual seja gratificante e prazerosa para ambos.

Foi visto anteriormente que já houve muito mais preconceitos com relação à masturbação do que há hoje; e pior ainda, os castigos dados aos que ainda assim ousavam praticá-la eram muito mais severos. Além da culpa por estar praticando algo "moralmente condenável" e "por se ver privado do amor de Deus", o indivíduo ainda corria o risco de ser mutilado ou mesmo queimado em praça pública; e ainda assim continuaram a surgir novas gerações de masturbadores.

Bom, se não é possível acabar com esse "vício terrível" (felizmente!) deve-se fazer o máximo para encará-lo da forma mais natural possível, de modo a não imputar nas próximas gerações a noção de culpa e pecado que foi imputada na nossa e nas suas antecessoras.

Deve-se preparar as próximas gerações para uma vivência mais legítima da sexualidade, encarando-a como parte integrante do processo mais amplo de viver.

 

05
Mai07

A prática da masturbação a dois...

Paula Valentina
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A masturbação tem sido uma atividade solitária para muitos homens e mulheres. Muitas pessoas vêem a masturbação como uma atividade muito íntima e não estão dispostas a compartilha-la com seus parceiros.

Compartilhar a experiência da masturbação pode ser um das mais íntimas ações que você pode ter com seu parceiro(a). Para a pessoa que está vendo, dará a oportunidade de observar as reações de seu parceiro(a) ao se masturbar, podendo ser muito estimulante. Por outro lado, a pessoa que estiver se masturbando sentirá uma sensação totalmente diferente sabendo que alguém está o(a) observando.

Uma mútua masturbação pode ser feita como preliminares ou até o alcance do orgasmo. De ambos os jeitos, pode ser muito divertido e criar um clima muito íntimo entre você e seu parceiro(a). Se você possue algum acessório erótico, pode utilizá-lo também para aumentar ainda mais as maneiras de satisfazer um ao outro.

Posições

Masturbação à dois pode ser feita em diversas posições. Simplesmente procure que seja confortável para você e seu parceiro(a).

A posição mais comum é onde ambos estão lado à lado deitados de costas para a cama. Cada um estimulará o outro com a mão que estiver mais próxima do parceiro.

Uma outra variação seria a de ambos parceiros estarem deitados sobre seus ombros encarando um ao outro. Ou, com um parceiro atrás do outro, sendo mais fácil para a pessoa que está atrás estimular o(a) da frente.

Lembrem-se que estas são apenas sugestões. A descoberta e tentativa de novas posições podem ser também muito estimulantes para ambos parceiros.
05
Mai07

A mulher e a masturbação

Paula Valentina
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No silêncio de cada quarto, as mulheres partem numa viagem, solitária e misteriosa, à descoberta do prazer que os seus corpos lhes proporcionam. Apesar dos tabus que sempre envolveram a masturbação feminina, o gesto é tão natural quanto saudável.

A masturbação feminina é um momento misterioso. A mente envereda por uma viagem fantástica em que os fetiches mais incofessáveis ganham vida, numa mistura de imaginação e realidade. Quem é que nunca sonhou estar deitada com um qualquer sex symbol de Hollywood? Ou nunca se imaginou em situações escaldantes que traduzem as mais íntimas fantasias sexuais?

Fique sabendo que, mesmo que não o confessem, raras são as mulheres (tal como os homens) que não o fazem. Nada tem de mal e é saudável, porque ajuda a mulher a conhecer melhor o seu corpo e, assim, saber como obter prazer numa relação a dois.

A masturbação é, sem dúvida, um dos métodos mais antigos de obter prazer. Ao ser concretizada individualmente, é uma forma de descobrir os mistérios profundos do corpo, suas reações, sensibilidades e capacidades. Com este gesto a mulher percebe, com maior nitidez, quais os caminhos que lhe proporcionam mais prazer e o modo como deve tocar determinadas partes do corpo. É também um modo de preparar-se para uma relação a dois. Além disso é mais uma técnica utilizada pelos casais para se divertirem na cama. Já imaginou ser masturbada pelo seu companheiro, até chegar ao orgasmo, e depois poder proporcionar-lhe os mais calorosos carinhos que o podem conduzir, a ele, a um momento único de êxtase sem penetração?

A predisposição para a masturbação surge em todas as faixas etárias. Pode iniciar-se ainda na infância, aumentar na adolescência, diminuir na vida adulta, durante um período sexual mais ativo, e voltar a aumentar na velhice. No entanto, não se trata de uma regra científica. Tudo depende das necessidades individuais e das circunstâncias afetivo-emocionais de cada pessoa.

O eterno tabu
A masturbação é um daqueles segredos inconfessáveis. Tudo porque sempre foi, e ainda é, considerada um tabu nas sociedades ocidentais. A associação da idéia a uma série de mitos disparatados foi inevitável. Tolices como o fato de se tratar de uma prática nociva à saúde foi uma teoria que se manteve durante muito tempo. Mas descansem mulheres. Gradualmente os equívocos foram desfeitos. A masturbação não provoca queda do cabelo, loucura, cegueira, surdez, aparecimento de espinhas no rosto, crescimento de pêlos nas mãos ou tão pouco aumenta o volume do peito.
05
Mai07

A minha mulher é frigida

Paula Valentina
Tenho notado que a minha mulher inventa cada vez mais desculpas para não fazermos amor. Nunca tivemos uma vida sexual muito activa mas não sei como abordar a questão. Acho que ela é frigida. E. - Costa Caro E., Talvez o problema da sua esposa é nunca ter tido ninguém que lhe mostrasse como se dá um queca como deve de ser. A frase é tão popular que já nem se lhe pode atribuir correctamente um autor original, mas a verdade é que poucas são as mulheres realmente frigidas. O que existe em grande quantidade são homens incompetentes. Existem situações em que as mulheres têm mais dificuldade em ter prazer durante uma relação sexual. Algumas delas passam por situações mais complexas, de natureza psicológica ou fisica, mas em muitas situações tudo não passa de nunca terem sido real e correctamente bem fodidas excitadas. Se o que quer é dar uma queca e não se preocupa minimamente com o prazer da sua parceira não percebo porque se casou em primeira instância, pois existem em abundância profissionais que não esperam que se preocupe com elas, e ás quais poderia recorrer quando a sua necessidade aflorasse, sem assim retirar de circular uma mulher que teria tudo para ser uma optima amante de qualquer gajo que a soubesse montar. Se por outro lado lhe interessa o prazer que ela possa ter, tal como o seu (dela) bem estar psicológico, ainda está a tempo de se começar a preocupar com ela. Tente demonstrar-lhe que o bem estar dela lhe interessa, que para si ela é, sexualmente, mais do que uma queca ocasional. Experimente fazer-lhe alguns carinhos quando se deitarem, beijar o corpo dela antes de dormir, especialmente zonas não erógenas, como sejam as costas, os braços ou o pescoço, e depois dormir sem pedir nada em troca. Experimente massajar o corpo da sua parceiras, com carinho, dizer-lhe o que sente por ela, assumindo obviamente que tem algo de interessante que possa dizer a respeito dos seus sentimentos. Seja, enfim, carinhoso com ela, ofereça-lhe um ou outro presente, mas não exagera. Não levante demasiado a fasquia de uma só vez, porque senão conseguir mantê-la será pior a emenda que o soneto, como se costuma dizer. Vá mesmo mais longe, se tiver tomates coragem para isso. Converse com ela, diga-lhe o que sente, diga-lhe que está disposto a fazer experiências com ela, a dar-lhe prazer sem nada em troca. E faça-o realmente. As novidades em geral, se der tempo para que ela se habitue á ideia, são normalmente bastante excitantes para as mulheres (como para nós). Disponha-se a experimentar coisas novas com ela, mas acima de tudo, disponha-se a fazê-lo ao ritmo dela. O ritmo é muitas vezes o mais importante. Mas lembre, acima de tudo, faça-a sentir-se confortável com ela própria e com todas as situações em que decidirem envolver-se (na prática elas é que decidem sempre, porque o homem normalmente quer sempre mais e melhor - com excepção de alguns parvalhões homens que acham que a mulher com quem se casa serve para a posição de missionário, e tudo o resto faz-se com a menina da casa da luz vermelha). Na verdade, o segredo é que não há mulher que aguente meia duzia de orgasmos sem querer recompensar o causador de tal feito. Será que consegue provocar meia duzia de orgasmos na sua esposa sem pedir nada em troca? Tentar que ela atinja o orgasmo durante uma relação sexual normal não conta, por muito que isso lhe agrade. Seja imaginativo... Use outras formas. Afinal de contas, como se costuma dizer, enquanto houver lingua e dedo não há mulher que meta medo. E se tal não for suficientes existem imensos outros recursos á disposição em inumeras sex-shops espalhadas pelo pais, e agora também disponiveis na Internet.
05
Mai07

O Clitóris

Paula Valentina


O Clitóris

Antigamente, acreditava-se que o clitóris era aquele pontinho difícil de achar que ficava entre os lábios menores da vulva, logo acima da abertura da uretra. Aquele ponto é na verdade a glande do clitóris, uma área extremamente sensível da vulva.

Esse ponto, a glande do clitóris, geralmente é mostrado como se fosse o clitóris inteiro na maioria dos livros e ilustrações dos órgãos femininos (Figura 3).
Figura 3 - Ilustração clássica mostrando o clitóris como um ponto.

O clitóris era considerado tão pequeno e misterioso, que muito se escreveu sobre como encontrá-lo. Alguns achavam que melhor do que achar o clitóris, era encontrar um igualmente misterioso ponto G, que ficaria dentro da vagina.

No começo do século XX, acreditava-se que a mulher adulta e madura, normal, só poderia gozar se fosse pela vagina, através da estimulação (roçar) do movimento do pênis. Dizia-se que a mulher que gozava pelo clitóris era anormal e problemática.

Se mesmo estimulada da maneira que se achava "correta" a mulher ainda não gozasse, haveria até uma cirurgia inventada para aproximar o clitóris da vagina, como se a natureza tivesse errado a pontaria e colocado o clitóris de algumas mulheres no lugar inadequado. A cirurgia, claro, não funcionou.
Fonte: The Myth of the Vaginal Orgasm BY ANNE KOEDT (1970)

Hoje sabe-se que o clitóris é bem fácil de encontrar: ocupa quase toda a vulva, a parte da frente da vagina, uma parte em volta da uretra e uma parte do períneo (espaço entre a abertura da vagina e a do ânus), além de ter ramificações para a raiz das coxas (Figura 4B na próxima página). Atualmente considera-se que temos um “sistema clitoridiano” que conta com 18 estruturas anatômicas distintas.

A parte do clitóris que fica mais evidente e para fora (glande do clitóris) é extremamente sensível. Embora bem menor em tamanho que a glande do pênis, a glande do clitóris tem 4 vezes mais terminações nervosas.
Fonte: Chalker, R. A verdade sobre o clitóris

Muitas mulheres não gostam de uma manipulação direta da glande se feita sem a devida delicadeza, pois a área é tão sensível que a estimulação com força pode até ser dolorosa.

05
Mai07

Qualquer forma de orgasmo vale a pena...

Paula Valentina


Por Dr. Cássio dos Reis

Tanto se tem falado das dificuldades que as mulheres sentem em não sentir o orgasmo vaginal, em detrimento do orgasmo clitoriano.

O orgasmo vaginal, passou a ser o grande vilão que teima em não se manifestar num enorme contigente de mulheres que o buscam desenfreadamente, exatamento porque ficou sendo valorizado como o orgasmo perfeito e maduro. Ele é tido como responsável pela manutenção da espécie exatamente pelo fator reprodutivo.
Portanto a mulher que tinha o orgasmo vaginal tinha um valor adicional, exatamente porque com o mesmo lhe era autorizado, já que com ele  e através dele ela estaria fazendo o papel da propagadora da espécie.

O orgasmo vaginal, pressupõe penetração vaginal, tornando a gravidez viável, tendo ou não acontecido, mas a possibilidade de ser penetrada e sentir prazer, está associada a função da maternidade.

O orgasmo clitoriano, ao contrário era considerado o “ orgasmo vagabundo “  ,um orgasmo estéril, então sua prática era absolutamente desestimulada, com a origem dos mitos, do pecado e das proibições.

Alguns pensadores, em geral homens, começaram a imaginar que este orgasmo era a uma rivalidade da mulher com  postura masculina, aquela que dispensava o pênis. A masturbação torna-se portanto a grande vilã, pelas mesmas razões, sem falar de sua conotação suja e pecaminosa.

Uma certa competição com a figura masculina, daí o conceito de inveja do pênis, como se o pênis tivesse mais valor do que o clitóris e a vagina.

Embora Freud tenha até mesmo pactuado desta máxima, mas ao constatar que estava enganado, soube se retratar, mesmo que seja em notas de rodapé.

Muitas mulheres não conseguem ter o orgasmo vaginal, por uma série de motivos, sem falar das razões anatômicas e fisiológicas. O clitóris, que tem como única função dar prazer a mulher.

As mulheres que conseguem ter o orgasmo vaginal, com o pênis penetrado, criaram um modelo de prazer absoluto, fazendo com que as que não conseguem este prazer, se sintam inferiores, como que privadas do prazer maior.

O que pode acontecer entre outras coisas é a dificuldade de algumas mulheres, validarem ao extremo os ensinamentos culturais, invalidando o pênis, e até mesmo como uma forma de rejeição da figura masculina, como uma pseudo forma de agressão.

O orgasmo clitoriano é exterior, mais fácil de ser alcançado, o orgasmo vaginal por si só vai depender de algumas condições.

Ser penetrada, pode significar a aceitação do parceiro de forma incondicional, lembrando que por razões filogenéticas, a mulher pode ter  um filho por ano, ao contrário do homem que pode produzir um número ilimitado de filhos.

Talvez como uma defesa, pois a mulher precisa ser mais seletiva, mais cuidadosa com seu organismo, foi aprendendo a se defender, daí a grande descoberta do orgasmo clitoriano, fora dela e determinado por sua vontade, com ou sem a presença do homem.

As variações criadas, tais como vibradores e outros artifícios, não tem senão, a função de substiuição do homem sem os riscos do envolvimento afetivo e de uma gravidez indesejada, muito embora a grande maioria de mulheres que fazem uso dos vibradores, criem fantasias de envolvimentos afetivos, como facilitadores do excitamento, assim como um aval ao seu prazer.

Daí, o homem ser mais ousado, ele é muito menos comprometido com o resultado de sua ação, se a mulher engravidar quem leva o filho é ela, sua participação pode ser inclusive camuflada.

Freud, chegou a classificar a libido, como uma pulsão tipicamente masculina, o que mais tarde foi confirmado pelos endocrinologistas, pois o homem tem em maior quantidade a testosterona, responsável pelo excitamento tanto do homem quanto da mulher, embora a testosterona seja um hormônio tipicamente masculino.

Hoje sabemos que o estrógeno é um hormônio feminino responsável pelo desejo que em composição com a testosterona pode desencadear na mulher a manutenção do desejo.

É exatamente o estrógeno que perde força principalmente na menopausa, daí a reposição hormonal ser tão importante quando a curva declinante hormonal começa a se fazer sentir.

Portanto, cabe-nos desmistificar a importância do orgasmo vaginal em detrimento do orgasmo clitoriano, as dificuldades que as mulheres tem é maior para a obtenção do orgasmo vaginal, o que não diminui a importância do orgasmo sendo ele vaginal ou clitoriano.

Portanto cabe a cada  mulher não questionar o orgasmo em sua forma, mas desfrutar do prazer obtido, sem ficar criando teorias que validem apenas um tipo de orgasmo, tem elas o previlégio das variáveis.

O importante ao buscar o prazer sexual é conseguir se autorizar a viver toda a sensação prazerosa que este pode lhe trazer, o resultado será uma melhor disposição para a vida, sem falar do grande auxiliar na auto-estima.

Ficar conjecturando sobre possibilidades, pode anular o prazer sentido, e aí o prejuizo é enorme, pois enquanto se teoriza na forma, perde-se a objetividade do prazer.

Enquanto algumas mulheres ficam questionando o próprio prazer, perdem a oportunidade de desfrutar da capacidade de sentir, donde podemos concluir: não existe orgasmo vagabundo, qualquer forma de orgasmo vale a pena.

02
Mai07

AMOR: SEXO VIRTUAL

Paula Valentina
Finalmente um estudo científico básico demonstra que o sexo virtual é bom. Pelo menos, para os casais que mantêm relações a distância. O estudo demonstrou que as pessoas implicadas neste tipo de relações, mantêm tais contatos, em média, três vezes por semana.
A Internet é um dos meios favoritos e mais usados para esse tipo de compromisso. Sem o sexo virtual as relações à distância não suportam a separação física e podem até acabar. Uma conversação erótica entre casais, seja por telefone ou pela Internet permite que a relação dure ou não se acabe.
Os suportes que as redes oferecem estão cada vez mais completos, com o objetivo de permitir que os casais de amantes satisfaçam seus desejos. As conversas privadas, as videoconferências ou o correio eletrônico são bons exemplos desse tipo de correspondência erótica. Não há sombra de dúvidas de que logo as redes estarão incorporando a esses recursos já existentes, a realidade virtual.

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