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AmoreSexualidade...

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12
Jan07

Algumas duras verdades sobre o onanismo

Paula Valentina
Inventariar algumas das vantagens competitivas do onanismo sobre a relação sexual tradicional e fornecer enquadramento histórico ao acto da masturbação são os dois objectivos perseguidos por este pequeno e despretencioso texto, que surge como resposta a uma questão lateral abordada no debate sobre a magna e candente questão das regras mínimas de boa educação a observar quando se procede à limpeza do salão.
Como prolegómeno ao tema, acho imprescindível lançar alguma luz no domínio dos conceitos.

A Nova Enciclopédia Larousse é taxativa ao afirmar que onanismo e masturbação são sinónimos absolutos - e define o verbo transitivo «masturbar» como o acto de «conseguir o prazer sexual através da excitação manual das partes genitais».

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa alarga, de forma considerável, o âmbito do fenómeno masturbatório ou, se preferirem, onanista.

«Masturbar», no sábio entender do Houaiss, é «estimular os próprios órgãos genitais ou os de alguém para (se) dar prazer, para alcançar ou fazer alcançar o orgasmo».

Dito por outras palavras, o douto Houaiss considera redutora a definição da masturbação como um prazer solitário. A masturbação não se esgota na auto-estimulação e compreende também o acto de estimular manualmente as partes genitais de outra pessoa.

No entanto, acho que toda a gente está de acordo comigo se eu disser que ninguém melhor do que nós próprios sabe calcular o rtimo a imprimir à estimulação dos nossos genitais por forma a obter um orgasmo mais rápido e melhor.

Apesar de ninguém ser mais competente que nós no acto da masturbação, deve admitir-se que o jogo da masturbação em simultâneo - o homem masturba a mulher, que por sua vez está a masturbar o homem (os exemplos dados são, propositadamente, de relações hetero e não homo) - encerra em si uma grande simbologia e um enorme potencial erótico..

Chegados a este ponto, acho importante sabermos que o vocábulo onanismo deriva de Onan, personagem bíblica, um hebreu que não queria ter filhos e, por isso, praticava o coito interrompido com a mulher, espalhando o seu sémen pelo chão.

Além de ser um exemplo de desperdício (estão cienificamente comprovados os efeitos benéficos na pele do esperma), este truque não deixa de ser curioso e estar prenhe de actualidade neste momento em que as consciências do nosso país se estão a dividir entre partidários do Sim e do Não no próximo referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.

A propósito, é fundamental esclarecer que, ao contrário do que muita gente pensa, a masturbação não é uma invenção recente.

As investigações levadas a cabo pelo reputado arqueólogo britânico Timothy Taylor garantem-nos que o sexo na Pré-História era uma actividade tão divertida quanto nos dias de hoje. Timothy estudou vários objectos com figuras de mulheres que supostamente estavam a dar à luz e concluiu, do alto da sua sabedoria de professor da Universidade de Bradford, que não era nada disso. O que as mulheres estavam fazer era a masturbar-se, o que vem contrariar a ideia preconcebida de que o sexo na Pré-História cumpria unicamente uma função reprodutora.

Em resumo, e para concluir sinteticamente, enuncio as quatro maiores vantagens comparativas da masturbação a solo sobre o sexo a dois:

1. É garantido que não apanha qualquer doença sexualmente transmissível, como a terrível praga da Sida ou os mais populares e históricos esquentamentos;

2. Pode fantasiar que está fazer amor com quem lhe apetecer (Gong Li, Scarlett Johansson e a vizinha do andar de baixo incluidas), fazendo recurso às modalidades, situações e posições que melhor lhe aprouverem;

3. No final não tem de estar a fazer paleio de circunstância - se quiser pode virar-se logo para o outro lado e começar a ressonar, que no dia a seguir não ouvirá queixas ou recriminações de qualquer espécie;

4. Usufruirá de uma encantadora descontracção durante a caminhada para o orgasmo, pois ninguém o vai acusar de ser um ejaculador precoce ou sussurrar-lhe ao ouvido: «Querido, está-se a passar alguma coisa?.. É que nunca mais acabas...»

Publicado sábado, 6 de Janeiro de 2007 18:35 por Jorge Fiel
05
Jan07

A felicidade em 10 etapas

Paula Valentina

 

Os primeiros tempos de um casamento são de uma forma geral períodos de felicidade e harmonia em que os pombinhos vivem como que nas nuvens. Porém, o matrimónio é vivido dia-a-dia e de preferência com os pés bem assentes na terra.

Muitos casais com uma relação idílica, aparentemente capaz de resistir a todas as adversidades, começam por experimentar a pressão e as dificuldades que marcam uma existência a dois.

Com o passar do tempo, começam a surgir na cabeça de cada um perguntas do género: “como é possível que eu tenha gostado tanto desta pessoa, a ponto de me casar com ela?”

Pois é! Mas à semelhança de um jardim de flores, também uma relação, e em especial um casamento, exige cuidados e atenções diárias, de ambas as partes, de modo a manter acesa a chama do amor e a levar a bom termo o compromisso que assumiram quando se decidiram a casar.

Todavia, e como diz o ditado, “só não há remédio para a morte”. Para a ajudar a manter a felicidade conjugal e a harmonia do seu lar, vamos aqui deixar 10 regras básicas de grande utilidade e que afinal não são mais do que a aplicação prática do bom-senso, da compreensão e da tolerância.

1 – Aprenda a ceder

Esta é uma regra de ouro e que deve estar sempre presente. Quantas vezes não lhe apetece comer um belo bife e ele prefere uma lasanha? Ou, por outro lado, ele quer ver um jogo de futebol quando você preferia ver um filme?

Estes pequenos nadas estão muitas vezes na origem de problemas que, com o passar do tempo, se vão avolumando até atingirem o ponto de ruptura. O melhor mesmo é aprender a fazer concessões. Umas vezes terá de ser a leitora a fazê-lo, outras vezes deverá ser o seu marido. Ambas as partes deverão estar conscientes da importância de dar e de receber. Se apenas uma das partes dá a mão à palmatória, mais tarde ou mais cedo, surgirão os ressentimentos.

Esta situação torna-se ainda mais grave se a pessoa que cede é do tipo de ficar a remoer em silêncio até atingir o ponto de ebulição e explodir de uma forma violenta. Daqui se depreende a verdadeira importância de, logo desde o início, encontrar um ponto de equilíbrio.

2 – O casamento é um espelho

Se lhe fizer uma massagem nas costas, ele retribuirá com uma carícia. Se o tratar mal, ele muito certamente responder-lhe-á à letra e pode mesmo faltar-lhe ao respeito. Assim, fica estabelecida a importância de pensar todas as acções e atitudes.

Com efeito, a medida de carinho e respeito que recebe dele é um reflexo fiel da que lhe dá. Tudo depende de que o faça sentir que gosta dele e que o deseja. E vice-versa, claro.

3 – Incrementar o diálogo

Não fique de braços cruzados à espera que o seu marido adivinhe o que lhe vai na alma. Diga-lhe muito claramente o que pensa e o que quer. Se por acaso se lembra de levar a sua melhor amiga para jantar em casa, tenha o cuidado de lhe dizer antes que gostaría de o fazer. Se um dos dois vem de uma viagem e quer que o outro o vá buscar, digam-no com clareza. Não façam perguntas do tipo: “venho de táxi ou vais buscar-me?”

Um bom entendimento passa, antes de mais, por uma boa capacidade de diálogo e para isso ambos têm de se esforçar por arranjar tempo para o fazer. Assim, disponibilizem algum tempo para falarem da vossa relação, das vossas expectativas e planos para o futuro e não tragam à baila temas que nada têm a ver com a vossa relação. Quando estiverem juntos, façam o possível por dedicar o tempo a vocês próprios. Ou seja, ponham qualidade no tempo que passam juntos.

4 – Partilhem um passatempo

As actividade que ambos partilharem servem para que se sintam mais unidos. Assim, seja a prática de uma determinada actividade desportiva, ou o gosto pela jardinagem ou pela decoração, se dividirem estes gostos aproximar-se-ão ainda mais.

Ao fazerem coisas em conjunto, estão a reforçar a vossa relação e potenciam a vossa intimidade. Façam tudo a dois, nem que seja apenas a compra de um simples bilhete de lotaria.

5 – Demonstrar carinho

Porventura já reparou naqueles casais idosos que ainda se passeiam de mãos dadas? Como acha que tal coisa é possível? A resposta é muito simples: existe muito carinho naquelas relações.

Se desde o início da relação cultivarem o carinho, esse comportamento pode estender-se por toda a vida. Não tenham receio de mostrar o quanto gostam um do outro através de carícias, mimos, gestos ou palavras secretas que apenas os dois conhecem. Celebrem o vosso casamento todos os dias e não apenas uma vez por ano. É bom que estabeleçam rituais vossos, como, por exemplo, convidarem-se para sair. Não tomem estas iniciativas como sendo estranhas. Programem actividades divertidas para os dois e dediquem esse tempo a estarem de facto juntos sem quaisquer pressões exteriores.

6 – A felicidade depende de mil e um factores

Se ambos tiverem as suas ocupações, se estiverem felizes e se retiram gozo do que fazem, o tempo que passam juntos será mais agardável e isento de preocupações. Se, pelo contrário, um dos dois, ou ambos, estiverem de mal com a vida, isso vai reflectir-se na relação.

Há situações na vida que nos trazem uma imensa tristeza, mas isso não significa que se ponha de parte a pessoa com quem vivemos. Por exemplo, a morte de uma pessoa que nos é chegada não nos deve fazer perder o gosto pela vida. Se o fizermos, corremos o risco de perder duas pessoas e não apenas uma.

7 – Dividir tarefas

Logo que se inicia uma vida a dois devem ficar bem definidas quais as tarefas que cabem a cada um dos dois. Ninguém gosta de ser recriminado por algo que não ficou previamente combinado.

Assim, arranjem um tempinho, munam-se de papel e caneta, tentem descobrir quais os trabalhos que mais gostam de desempenhar em casa e, com base nisso, elaborem uma lista de tarefas. Deste modo conseguem manter a casa num brinco sem atritos e sem discussões. Tentem criar o hábito de devolver os objectos e utensílios aos seus respectivos locais de arrumação logo após a sua utilização. Desta forma as coisas estão sempre em ordem e facilitam-se as arrumações.

8 – Aprendam a aceitar-se um ao outro

Pode muito facilmente levá-lo a crer que deve usar gravatas mais discretas que aquelas estampadas que normalmente usa, ou a refrear os comentários que faz numa festa. Todavia, mudar a essência da sua personalidade já é um caso completamente diferente.

Todos temos as nossas manias e hábitos, pelo que, dentro dos limites do razoável, devemos aprender a aceitar os do nosso parceiro. Afinal de contas ele já era assim antes de casar. Este é um ponto em relação ao qual devemos ter um especial cuidado, uma vez que se não gostamos que nos apontem e recriminem injustamente, devemos ter o cuidado de também não o fazer com os outros.

9 – Evitar os golpes baixos nas zangas

Como “não há bela sem senão”, até na mais harmoniosa das relações há espaço para uma ou outra zanga. Nada mais natural. Porém, é importante saber levar a cabo uma disputa sem recorrer a golpes baixos.

Para isso devem ser observadas algumas regras de conduta:

-Não transportem para o presente as zangas do passado.

-Não sejam cruéis.

-Não discutam no quarto.

-Usem o pronome “eu” e não “tu”. É preferível dizer “eu não concordo contigo” do que “tu és egoísta”.

-Sejam claros.

-Se possível, mantenham o sentido de humor.

-Não se empenhem em ter sempre a última palavra. O orgulho é a ante-câmara do divórcio.

Quando tudo estiver resolvido, não se esqueçam da importância de fazer as pazes.

10 – Não vivam na sombra dos fantamas do passado

A insegurança e o ciúme não são bons conselheiros. Se ele se casou consigo é porque a estima e ama e, por sua vez, se concordou em casar com ele foi porque tem por ele os mesmo sentimentos.

Assim, ponham de parte os vossos passados. Como por certo não gosta que ele traga para a discussão um antigo namorado seu, também para si não há vantagem em lembrar-lhe aquela fulana com quem ele teve um caso antes de vocês se conhecerem. Evitem também comparar o vosso casamento com o de outros casais. Como diria o dramaturgo irlandês George Bernard Shaw “Assim como as impressões digitais, todos os casamentos são diferentes”.

Para terminar, o ideal é ter a noção de que não existem casamentos perfeitos, mas se seguir estes conselhos que aqui lhe propomos, por certo poderá levar a bom termo o casamento que tem.

02
Jan07

Onanista

Paula Valentina
Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso- em suma, é a nós mesmos- que amamos. Isto é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa. O onanista é abjecto, mas, em exacta verdade, o onanista é a perfeita expressão lógica do amoroso. É o único que não disfarça nem se engana.
As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio acto em que nos conhecemos, nos desconhecemos. Dizem os dois "amo-te" ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstracta de impressões que constitui a actividade da alma.
Estou hoje lúcido como se não existisse. Meu pensamento é em claro como um esqueleto, sem os trapos carnais da ilusão de exprimir. E estas considerações, que formo e abandono, não nasceram de coisa alguma- de coisa alguma, pelo menos, que me esteja na plateia da consciência.

(Bernardo Soares- LIVRO DO DESASSOSSEGO) - Fernando Pessoa

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